sexta-feira, fevereiro 25, 2011

Fim de Ano Rocks 1997-1998

Para acabar o ano em beleza, e continuando sempre em alta, decidimos passar o fim de ano no Rocks, onde o atractivo era o som sem parar durante 2 dias :=)

4 Zonas distintas, 3 com musica. Desfilaram as maiores estrelas do house, tecno e d&b, num festim musical espectacular, num ambiente recheado de muito boa vibe.

Lembro-me do Dj Vibe na zona house, lembro-me do Jiggy, Ferro, Morrice, Xl-Garcia, Ruizinho no tecno.
Sei que muita mais gente tocou e talvez alguns estrangeiros, mas nao me recordo.

Lembro-me do segurança do Rocks, o gajo era um melga com o pobo!! Lembro-me muito bem desse homem, vi-o em muitas festas como segurança (Tecnolandias, 5 Anos Kaos, etc...).

O que retenho dessa festa é que foi onde senti verdadeiramente o som a vibrar no meu corpo. O poder do kick e baixos daquelas colunas na pista principal, é demoníaco! Aquela torre que ficava nas nossas costas quando estávamos virados para a cabine do Dj.  Grande som lá estava montado, Puro, FORTE, Cristalino, Espacial. Uma acústica preenchida.

Nesta festa estávamos à vontade pois conhecíamos bem o espaço. O Rocks, ainda que não sendo uma casa grande, tinha uma dinâmica incrível, pois permitia saltar muito facilmente de ambiente sem muito stress e desfrutar sem grandes confusões.
Nesta festa, acho que foi para continuar a nossa onda em alta, num ambiente mais enxuto do que a anterior Tecnolândia.
Adorei, o Rocks é (foi) um grande Club.

quinta-feira, fevereiro 03, 2011

Tecnolandia 97 - Castelo de Montemor-o-Velho

 Desde ja vos digo que vão ler parte do nosso mundo da musica de dança...

No dia anterior à festa olhávamos para o céu percebíamos que algo poderia acontecer... poderia ser chuva que arruinaria a festa, ou um  grande festão!

Sendo assim, o dia da festa acorda e continua com abertas de sol.  Esperança e boa vibe.

E tudo começou num Toyota emprestado pelos pais do Matra.

Partimos em direcção a Montemor-o-Velho, num excelente astral. Fomos dos primeiros a chegar à festa, deveriam ser umas 23h... Só a crew do evento e uma roulote a entreter o pessoal que ia chegando.

Devemos ter ficado no carro a aguardar durante uma boa hora e meia, mas sempre ao bom som das K7s gravadas do "Planeta e" da Ant3na.

Quando começaram a cair pequenas gotas no pára-brisas, nem queríamos acreditar. Olhamos uns para os outros...e o espírito manteve-se inabalável.

Começa pessoal a entrar, as portas do evento finalmente abriram. Fomos a correr!

Ao entrar nas muralhas do castelo, o cenário era memorável, jogo de luz nas pedras, lasers, e um stage elevado, na arena do castelo. Os primeiros sons começavam-se a ouvir das torres de som. Tinha várias espalhadas pelo recinto do castelo, mas ao centro, na arena do castelo, tinha um núcleo duro de 4 torres onde o som era verdadeiramente assombroso!

O line up deste evento contou com algumas estrelas, o Norte americano Kevin Saunderson, o germânico WestBam entre outros.
 Já deviam ter passado umas boas 4 ou 5 horas de festa, volta e meia pingava mas muito pouco, sem assustar pois parava logo, quando sem ninguém dar conta, cai uma tromba de água em cima de todos. Foi uma coisa estrondosa, de tão forte que parecia saraiva. Esta bátega durou cerca de 5 minutos, abrandando para um estável miudinho-molha-tolos. Corremos para nos abrigar, não foi muito agradável pois não tínhamos onde! Passado o susta da chuvada, numa altura em que abrandou um pouco, fui espreitar a pista de dança, pois o som nunca tinha deixado de dar, e a cabine estava ao ar livre. A pista estava cheia, CHEIA!!! O party people não parou de dançar, numa altura em que Kevin Saundersan estava nos decks.
Com o pessoal completamente efusivos, não arredarem pé e continuaram a dançar como se nada tivesse passado...ou a passar pois estava a chover continuo.

Bem, la nos juntamos ao povo na pista e realmente lá o calor humano era tanto que nem dávamos pela chuva! Espectacular.
Parou de chover com o nascer do dia.
Foi ai que reparei que na cabine de som tinha sido improvisado um tecto.

O som continuava espectacular, e ver nascer o dia, naquele ambiente de festa, partilha e alegria, conseguimos ver todo o castelo e as suas muralhas. Lindo, simplesmente marcante, a ferros quentes.

Esta foi a Rave party mais incrível que fui.

Uma forte e marcante libertação.
Abraço.

Outrageous Summer Party - 15-07-1997

Esta festa tinha tudo para ser um sucesso. 
Bom local, bom PA, efeitos de luz, fumo e lazer, dançarinas, cuspidores de fogo, aliens dançantes... 

Mas foi um fiasco.
O Cenário e seus adereços estavam montados nos pinhais de Ovar, resguardados por uma enorme tenda de circo, parecia reunir as condições ideais para ser uma boa Rave. 
Mas tal não aconteceu, pois se compareceram mais de 20 pessoas à festa, ja estaria a fazer por alto.

Não sei se foi da falta de promoção, mas acontece que era eu e mais uma mão cheia de gatos pingados.

O som estava bom, ainda fiquei para ouvir o Ruizinho, Luis Leite e João Daniel, malta que já conhecia e gosto do som, mas desisti de lá estar praticamente sozinho muito antes do sol nascer.
Ninguém se deve lembrar desta festa, pois para além de não ter ido ninguém, não há praticamente nada para relatar.

PLASMATEC - Follow Reality - 10-02-1996

Esta Rave aconteceu nos inicios de 1996, quando o movimento Rave estava a despertar.

Plasmatec - Follow Reality aconteceu em Vagos - Aveiro, no Pavilhão Desportivo. Esta foi a segunda festa da edição Plasmatec, tendo poucos meses antes acontecido a primeira em Cascais.

Não me recordo do line-up desta festa, sei apenas que os THE OZONE actuaram nela. Recordo-me pois estava entusiasmadíssimo por vê-los, dado que tinha ouvido a festa de Cascais na Ant3na, e adorei. Estes senhores sempre foram mais trancerigenos que tecnomaniacs, pelo que me despertou-me especial interesse.

O ambiente estava muito bom, apesar do sucesso de Cascais, estava apenas meia casa. O som no pavilhão fazia um eco espectacular, dando uma sensação espacial muito fixe. 4 VideoWalls, um em cada canto, 4 torres de TurboSound e lazers de fazer cair os queixos. :)

O som esteve muito bom, certamente comandado pela elite nacional em voga no momento.

Apesar de não ter sido uma festa marcante, foi um bom momento e como costume, dançou-se até o sol raiar e o corpo aguentar.

quarta-feira, fevereiro 02, 2011

Tecnolandia 96

Esta foi a primeira festa da edição "Tecnolandia".
Foi também, a única onde o termo "underground" é mais justamente aplicado. O local foi suberbamente escolhido, uma antiga fabrica abandonada em Coimbra, mais concretamente a Antiga fabrica da Triunfo.

A ambiência criada na enorme fábrica, na sua ampla galeria com um pé direito de 4 andares, era verdadeiramente sombria, dark, atmosfera apenas rasgada por strobs e fortes luzes lazer.
O som era poderoso, tecno, acid tecno. As estrelas alemãs traziam o som das raves germânicas.

O espaço estava dividido por 2 zonas, a principal alojada na nave laboral, e uma segunda zona, muito mais pequena situada numa pequena sala lateral. Nesta segunda zona o som era mais Underground, mais hardtecno, onde vi o Nuno Cacho a debitar fortes batidas tecno, onde o som era abafado pelo baixo tecto.

Na zona principal, pude assistir ao que seria o ultimo set de Dj Vibe na sua vertente tecno, verdadeiramente tecno. Após isso e até agora o seu estilo é mais House/TecHouse.

A estrela da noite, a Dj Marusha trouxe o seu agressivo tecno alemão, a roçar um pouco o Hardcore, estilo muito em voga na Alemanha nas famosas Parades e Raves de Berlin.

Seguiu-se Jiggy e Xl Garcia e Tom Clarck, com doses astronómicas de fortes batidas e sons acidos minimalistas. Um verdadeiro festim para os corpos dançantes e para as nuas bailarinas que populavam um enorme varandim no dancefloor.


Já o sol ia bem alto quando o corpo vencido pelo cansaço, arrastou-me para a Pastelaria da estação Coimbra A, até o horário do comboio.
Esta foi a festa tecno mais marcante no meu percurso.