quinta-feira, setembro 05, 2013

5 Anos Kaos Records


Mais uma grande festa. Realizada no extinto e demolido Parque de Exposições de Vila Nova de
Gaia, onde hoje se encontra uma zona de bares e restaurantes na zona riberinha de gaia, corria o ano de 1997.
Fui com o meu amigo Ricardo Ruivo, no Renault 5 turbo dele, grande máquina!
O pavilhão era enorme, e estava dividido por duas zonas, uma House/Hard House e outra Tecno/Hard tecno.
Quando entrei no pavilhão já seriam umas 3 da manha, a zona house estava cheia.
Como na altura estava no boom das rave party's, decidi levar um adereço diferente.

Então com alguma antecedência pedi à minha avó para me fazer um chapéu alto, colorido e com umas antenas de varias cores. Foi um sucesso, várias pessoas me abordaram a dizer o quão louco era o chapéu!!!
Só o usei mais uma ou duas vezes em outras raves, mas esta era especial.

Entrei a ouvir as fortes batidas do Jim Masters, sempre com grande som, muito na onda minimal.
Ainda tenho o set dele gravado na Ant3na, pois esta festa por ser o aniversário da Kaos, era um grande marco na cena dance em portugal e foi transmitida até às 6 ou 7 da manha.

O som do pavilhão era inconfundivel, pois emitia um certo eco, transmitindo profundidade e omnipresença, preenchia o espaço com estridência e corpo.
Que grande ambiente! :)
Sem parar de dançar lá continuamos no ambiente de festa, e logo a seguir entrou o Jeff Mills, onde com o seu grande estilo frenético, colcava facilmente 4 discos ao mesmo tempo, sem causar confusões ou atropelanços, o tecno escorria pelas 4 torres de colunas instaladas na sala principal. Maravilhoso!
Para descansar um pouco, algumas horas depois decidimos investigar o resto da festa, numa visita à 2a sala, onde se ouvia um tecno acido, muito caracteristico da altura, em batidas frenéticas e algo violentas. Não me recordo que Dj estava nessa sala, mas o publico não passava das poucas dezenas, contrastando com as largas centenas no outro lado.
Por incrivel que pareça, no ambiente mais hard foi onde encontrei o descanso, e relaxamos um bocado.
Voltamos para o Jeff Mills que agora estava ainda mais intusiasmado, levando o povo a gritar nos bass killers e a delirar com o forte som que passava. Espectacular!
Penso que a seguir entrou o Jiggy e aproveitamos para voltar a explorar o pavilhão. Foi aí que descobrimos, que por entre as divisórias das pistas feitas em plástico preto,
numa lateral existia mais um espaço, uma pequena pista envolta no tal plástico, onde se podia ouvir Hard Tecno, ainda mais violento o acido do que a 2a sala!!!
Estivemos nem 10 minutos, não é que o som fosse mau, mas o espaço era algo clostrofobico.

Não me recordo muito mais do espaço nem da festa, sei que estivemos praticamente o tempo todo na sala principal, onde o som e as gentes eram mais apeteciveis.
Já o sol ia alto, depois de um amanhecer muito louco onde os raios entravam pelo pavilhão, mostrando os rostos por trás das sombras, quando vencidos pelo cansaso regressamos a casa.

Não sem antes do rito do pequeno almoço numa pastelaria na Av. da Republica em Gaia, onde já iamos nas vindas pra casa após as noitadas no Rock's.

Ainda guardo um poster gigante deste evento, roubado numa rua qualquer em Braga.
Abraço a todos, em especial ao Ricardo pela companhia nestas aventuras.

Mais uma grande libertação.

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